Quem somos

Juana M. Sancho Gil

Sou Professora Emérita de Tecnologias Educacionais no Departamento de Didática e Organização Educacional da Universidade de Barcelona. Se hoje tivesse que escolher minha trajetória profissional, voltaria a escolher a Educação. Demorei a chegar à Universidade e foi por acaso, porque me chamaram para fazer uma substituição e ainda estou aqui. Para alguns colegas, meu tempo na escola me “rebaixou” como acadêmico, me iluminou e me inspirou. Minha paixão pela Educação começou como professora do ensino infantil, numa turma com crianças de 4 e 5 anos de idade. Combinei a dedicação à escola com a carreira de psicologia e voltei para o período integral quando terminei. Continuei como professora assistente em uma escola secundária na Inglaterra e fiz um mestrado na Universidade de Londres, enquanto ensinava espanhol em uma faculdade para adultos. Só faltou a Universidade e ela também me esperava quando voltei à Espanha. Meu desejo de conhecer, pesquisar e contribuir para a melhoria da Educação me acompanhou em todo o caminho. E aqui estou eu, fazendo perguntas, colaborando com colegas e tentando vislumbrar outros horizontes. Grupo de Pesquisa Esbrina. Rede de excelência REUNI+D. Grupo de inovação docente Indaga-t.

Mariana Maggio

Em 1987 estudava Ciências da Educação na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Buenos Aires. Eu não tinha certeza do que faria quando me formasse. Mas isso mudou quando comecei a fazer o curso Fundamentos de Tecnologia Educacional e conheci minha professora, Edith Litwin. Ela foi minha inspiração para escolher um campo de especialidade, mas especialmente a vida universitária. Hoje, trinta e quatro anos depois, sou Professor Titular de Educação e Tecnologias e dirijo o Mestrado em Tecnologia Educacional da mesma Faculdade de Filosofia e Letras, onde também desenvolvo projetos de pesquisa e extensão. Nessas três décadas, a explosão da Web, a expansão do acesso a dispositivos tecnológicos e atualmente a pandemia Covid-19 foram o marco de um repensar importante em nosso campo disciplinar. Continuo escolhendo a universidade como um lugar de construção do conhecimento com olhar crítico e em defesa da educação pública. Entendendo, ao mesmo tempo, que o mundo contemporâneo requer forças coletivas que deem lugar a transformações de maior justiça educacional e social. Com esse horizonte, recentemente participei da criação do Movimento Educativo e participo desse grupo.

Fernando Hernández

Sou professor da Universidade de Barcelona. Quando terminei meu curso de Psicologia me chamaram para continuar lecionando na Universidade. Mas respondi que não, que a vida era na rua e não na universidade. Depois de um tempo, decidi voltar, mas eles disseram que não. Alguém relembrou algumas das minhas ações como aluno, como a primeira avaliação que foi feita ao corpo docente, e que permitia antever que a minha presença seria conflituosa. Posteriormente, os estudos de Belas Artes entraram na Universidade e como havia feito uma tese sobre Psicologia Ecológica, um colega sugeriu que eu me candidatasse a ministrar Psicologia para alunos de Belas Artes, e desde então tenho continuado. Li uma frase de Sara Ahmed em ‘Vivendo uma vida feminista’, que me representa na minha relação com a Universidade: “Aqueles de nós que chegam a uma instituição acadêmica que não foi moldada por ou para nós, contribuem com conhecimentos e mundos, que de outra forma não estariam presentes lá”. Proporcionar conhecimentos que me permitam aprender com os outros, construir mundos em grupo, não perder o contato com o que se passa lá fora, servir de ponte entre grupos, transitar entre as margens, comprometer-se com o que faço. Faltam coisas, claro, mas isso me encoraja a estar aberto para o devir. Grupo de Pesquisa Esbrina. Rede de excelência REUNI+D. Grupo de inovação docente Indaga-t.

Mercedes Collazo

Sou professora da Universidade da República, coordenadora da Unidade Acadêmica da Pró-reitoria de Ensino e responsável por um espaço de assessoria pedagógica na Faculdade de Odontologia. Entrei como professora nos anos de recuperação da vida democrática no Uruguai, com meus estudos realizados na Universidade de Barcelona por motivos de exílio familiar. Dei os primeiros passos na Faculdade de Ciências Humanas, na carreira das Ciências da Educação, com o desafio de fazer a minha estreia muito jovem, ministrando cursos a professores com uma vasta e rica experiência docente. Nos anos seguintes tive o privilégio de colaborar na construção de políticas institucionais de democratização do acesso e permanência, contribuindo especialmente para a transformação curricular da universidade. Da mesma forma, a oportunidade de promover a construção do campo pedagógico e didático universitário, contribuindo para a formulação de políticas de formação de professores, inovação educacional e desenvolvimento de pesquisas sobre educação universitária. A participação em uma macrouniversidade pública latino-americana tornou-se para mim um espaço de ativismo social, com forte sentido político, e se recria todos os dias com cada aluno que consegue progredir e com cada professor que é desafiado pela melhoria do ensino. Grupo de Trabalho do NEIESMERCOSUR. Grupo de Estudos do Sur. Red UAE UDELAR.

Bettina Steren dos Santos

Sou professora universitária desde 1996, preocupada com o futuro da Educação e com os fatores que interferem no aprendizado de todos. Minha infância foi no Uruguai, exilada no Brasil, Porto Alegre. Inicialmente estudei análise de sistemas, posteriormente pedagogia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Doutorado em Psicologia Evolutiva e Educacional pela Universidade de Barcelona. Trabalho na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul / Brasil, onde desenvolvi toda minha vida profissional como professora, pesquisadora, coordenadora de curso, coordenadora de ensino, Decana associada. Atualmente sou coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação. Durante este período, fiz dois pós-doutorados, um na Universidade do Texas, Austin (EUA), Faculdade de Educação, e o segundo na Universidade de Barcelona (Espanha), Faculdade de Educação. Sempre presente nos meus estudos conhecer e investigar sobre processos e fatores que interferem na aprendizagem, como desenvolver a criatividade, pensando em promover espaços de diálogo para melhorar a curiosidade, o relacionamento e a cooperação entre todos os participantes do sistema educacional.